terça-feira, 4 de agosto de 2009

A CABANA




No mês de Julho (2009) eu li o livro entitulado "A Cabana". Um livro que me fez pensar, digo repensar muito sobre o amor de Deus e o nosso relacionamento com Ele.

A história é muito envolvente e marcante. Trata-se de uma pai que passa por uma situação de sofrimento muito intenso e recebe um convite para retornar ao local da sua dor (mais que isso eu não posso falar rsrs).Mesmos que algumas vezes os diálogos me assustassem um pouco (ainda que concordando com grande parte deles), vivi dias incríveis com Deus. Minha forma de buscá-lo ainda está mudando, acho que o melhor termo é estou sendo mais coerente em buscar a Deus.

Nestes dias tenho conversado com muitas pessoas sobre o amor de Deus e sobre como elas se relacionam com Ele. E ainda vejo pessoas que se desesperam quando não conseguem 5 (cinco) minutos para orar. Há ainda aquelas que acreditam que os dias no ajuntamento bastam para que o relacionamento delas com o Pai "esteja em dia". Acreditam que o desejo de Deus é tê-las apenas num momento do dia, onde elas param tudo o que estão fazendo para orar, como num ritual, e depois voltam o que estavam fazendo como quem cumpriu uma tarefa diária.

Deus não espera de nós um ritual, mas um relacionamento. Nós não ligamos uns para os outros como quem cumpre uma tarefa e depois desligamos o telefone e falamos: - UFA! Menos uma coisa para fazer. É bom poder parar tudo para dedicar-se exclusivamente a Deus, mas não é a única maneira de estar com ele, na verdade, Ele está conosco todos os dias até a consumação dos séculos. Não despertamos ainda que Deus quer se relacionar conosco, ser o centro da nossa vida, a propósito aprendi algo interessante sobre ter Deus no centro ou Deus ser nossa prioridade: quando Deus é nossa prioridade, temos outras coisas além de Deus para fazer/viver, quando Ele é o centro da nossa vida (porque acredite você ou não Ele é o centro de todas as coisas) tudo o que fazemos/vivemos passa pela vida de DEUS em nós. Como Ele é o centro, toda a nossa vida está ligada a Ele. Voltando ao relacionamento, nós tendemos a complicar muito nossa vida com Deus (entenda Deus como a Trindade e se eu falar de um deles falo dos três que são um). Nós aprendemos uma reverência hipócrita, uma sinceridade fingida, um coração meio aberto, um vocabulário sofisticado que não passa nem perto do vocabulário que usamos com nossos amigos e que em nada se parece conosco.

Aprendamos uma coisa, não é possível fingir ser alguém que não somos diante de Deus. Em algumas orações que fiz na vida tive a nítida sensação que ao terminá-la com o tão famoso "amém", Deus se voltava para mim e dizia: - E agora pode me dizer o que você quer falar comigo!

Deus é muito menos formal do que nos ensinaram que é. Quem se preocupa com etiquetas somos nós, Deus não precisa delas. Quem se preocupa com o cabelo cortado e bem penteado somos nós, Deus sabe quantos cabelos você tem em sua cabeça mas, no fundo, isso não importa muito afinal, Ele não vê como o homem vê.

Eu não quero jogar tudo o que você aprendeu no lixo, mas quero que você pense e seja sincero (ao menos consigo mesmo) e respoda a pergunta: será mesmo que Deus me quer tão mecânico assim? Pense um pouco, se a Trindade criou o homem, e depois disse que não era bom que este vivesse só, eles não estavam se baseando não relação que havia antes da criação? Eles disseram: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança". Como você fala com alguém que você ama? Você ama a Deus? Não venha me dizer que Ele é o Senhor de toda glória, o Eterno, o Rei dos reis, disso já sabemos, mas a Trindade veio (em Jesus) para que pudéssemos chamá-lo de PAI, apenas Pai (com suas lindas variações, papai, paizinho etc).

Temos a chance de repensar nossa vida com Deus e de fato, convidá-lo a nos ensinar a viver com Ele em todo o tempo. Nós não temos só o quarto fechado para falar com Ele, temos o caminho até o trabalho, temos o caminho da cama ao banheiro (inclusive o banheiro), o caminho do banheiro à mesa do café, temos todo o tempo (TODO O TEMPO). O nosso relacionamento será mais consistente na medida em que fizermos de Deus o centro da nossa vida, então lembraremos que onde estivermos Ele está e aí não preciso ficar aflito com a acusação de que "hoje não vou poder ter aqueles cinco minutos de oração" porque passei o dia inteiro me relacionando com a Trindade.

Lembre-se, nada é um ritual. Relacionamento não é ritual, não é mecânico! Ria com Deus, chore junto Dele, quando estiver com raiva tenha um papo franco com o Espírito Santo e ouça o que Ele tem a dizer a respeito. Seja parceiro de Deus e deixe que Ele seja o primeiro a ouvir suas confissões e conquistas. Ele é mais que o Senhor do Universo, Ele é Pai!.

Deus te abençoe.