sexta-feira, 28 de setembro de 2012

EU GOSTARIA QUE VOCÊ ME AMASSE





Revisando alguns arquivos encontrei este texto que há muito guardei para, de vez em quando, tornar a ler.
Boa leitura! Boa reflexão!









Eu gostaria que você me amasse, embora você diga que já me ama. Talvez você não perceba os sinais que emite, quando as coisas não estão bem entre nós. É por isso que aproveito esse início de ano para externar os sonhos que tenho sobre nós dois, na forma de esperanças de Ano-Novo. Quem sabe você os transforma em resoluções pessoais, íntimas, para o ano que entra? Eu gostaria muito. Se, em algum ponto, você achar que estou sendo injusto, desconsidere; estou falando genericamente, para toda a família. Leia isto com um coração generoso.

Eu gostaria de sentir segurança no seu amor; que você fosse só minha, que você quisesse ficar o tempo todo comigo, mas você tem tantos compromissos...

Eu gostaria que você amasse as coisas simples que criei para sua alegria; conversas, cheiros, sensações que falam de mim.

Eu gostaria que você sentisse saudades de mim, dos meus lugares, dos meus altares, das minhas coisas, da minha gente.

Eu gostaria que você fosse carinhosa, e que não ficasse olhando o relógio, quando estamos juntos, mas você prefere ser litúrgica.

Eu gostaria que você desligasse o celular quando eu estou lhe falando do meu amor ou fazendo planos com você.

Eu gostaria que a doce expectativa de nosso encontro dominical a levasse para a cama mais cedo no sábado — e que as festas, bailes, filmes, namoros perdessem a graça.

Eu gostaria que você quisesse me levar em suas viagens, em suas reuniões de negócio, ao cinema, às rodinhas de amigos, e que isso não fosse “coisa só sua”.

Eu gostaria que você se indignasse por mim, ao presenciar algo que abomino; ao ver a injustiça, a mentira, a opressão, a pobreza, a vida desregrada, o alcoolismo, as drogas.

Eu gostaria que você não achasse graça em piadas indecentes (que sempre banalizam as coisas boas e santas que criei, como o sexo, o casamento, a fidelidade), que não gostasse de falar palavrões, que abominasse filmes pornográficos, que não flertasse com incrédulos, que não invejasse sua violência, suas mentiras, suas taras.

Eu gostaria que você procurasse nos bolsos e encontrasse os presentes que lhe tenho dado – meus dons para você – e que os usasse com orgulho e carinho, como se fossem colares e pingentes de valor sentimental.

Eu gostaria que você me servisse sem precisar de cargos ou funções oficiais – sem esperar outra recompensa que meu olhar de aprovação.

***

Você ainda é tão menina! Só sabe me chamar de pai, pedir e agradecer coisas – a maioria das quais eu já lhe dei mais de uma vez, e estão espalhadas no seu quarto de brinquedos.

A insegurança do seu amor por mim transforma-se em insegurança sua, a respeito do meu amor; não sabendo amar, você não se deixa amar inteiramente por mim.

Mas eu tenho esperado por você. E quando estiver crescida, talvez venha a ter olhos para mim. Então, quem sabe, queira e possa corresponder a essa forma integral, passional, desmedida, com que você é amada.

Quando isso acontecer, você passará a ver a vida com os olhos de uma adolescente apaixonada: sem temores, sem medos, sem inseguranças ou desânimos (porque o amor lança fora o medo). Ao contrário, você terá a energia da alegria, a força e o desassombro da certeza; e os sonhos da esperança – os sonhos dos meus sonhos. Você será indestrutível, e prevalecerá contra as portas do inferno.

E quando a dor vier (porque virá), você a enfrentará com os olhos sempre nos meus; sabendo que essa leve e momentânea tribulação não se compara com o que temos construído juntos, aqui e no porvir – e entenderá, finalmente, sobre alegria na tribulação.

Idosa e vivida, você ainda dará frutos; e falará aos seus filhos e netos sobre a minha paz. A paz incompreensível que terá encontrado no meu amor.




Texto de Rubem Amorese
Publicado na Revista Ultimato - Edição 280 (Jan-Fev de 2003)

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Fé em Deus e nada mais!

Romanos 3
20 Pois ninguém é aceito por Deus por fazer o que a lei manda, porque a lei faz com que as pessoas saibam que são pecadoras. 21 Mas agora Deus já mostrou que o meio pelo qual ele aceita as pessoas não tem nada a ver com lei. A Lei de Moisés e os Profetas dão testemunho do seguinte: 22 Deus aceita as pessoas por meio da fé que elas têm em Jesus Cristo. É assim que ele trata todos os que creem, pois não existe nenhuma diferença entre as pessoas. 23 Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus. 24 Mas, pela sua graça e sem exigir nada, Deus aceita todos por meio de Cristo Jesus, que os salva.

Está claro aqui que não é pelo "bem" praticado que somos aceitos por Deus, mas ainda ouvimos propostas vindas de um púlpito evangélico, tal qual as penitências católicas, ou ainda as exigências de outras religiões, que precisamos fazer alguma coisa para que Deus nos aceite "de novo". As orações deixaram de ser por Deus, pelo que Ele é, são para aplacar a culpa e conseguirmos o perdão pelo pecado cometido, para barganharmos, para "mover a mão de Deus".

Há uma tentativa de convencer a Deus que podemos ser aceitos por ele, afinal nós fazemos a nossa parte, dizimamos e ofertamos, participamos do grupo de caridade levando comida e roupas aos pobres, isto deve valer alguma coisa!

O que o Paulo está dizendo aqui é que a única possibilidade de sermos aceitos diante de Deus é por meio da fé em Cristo Jesus. É Jesus quem reconcilia todos a Deus, é através Dele (Jesus) que temos acesso a Deus (João 14:6), é por Ele (Jesus) que o Pai nos ouve.

Nossa fé em Cristo é tudo o que precisamos para vivermos neste mundo de forma a expressar Deus, comunicar seu amor, ter uma mente limpa e o coração puro. Não é o que fazemos que nos livra da culpa, pois fazendo o que for não conseguimos nos sentir livres da culpa, não encontramos o ponto no qual a nossas atitudes "boas" satisfazem e/ou compensam a nossa culpa, porque não há nada que possamos fazer a não ser crer que Cristo satisfez todas as exigências que nós nunca poderíamos satisfazer.

Não é o que deixamos praticar que nos torna aceitáveis perante Deus. A bíblia deixa claro: "não há mais ninguém que faça o bem, não há ninguém mesmo". É quando colocamos nossa fé em Cristo que vivemos, de fato, a vida que Deus quer para nós, pois é nesta fé que somos moldados à imagem de Jesus, é nesta fé que somos transformados e praticamos BOAS OBRAS, porque a ação do Jesus formado em nós, mediante a fé, nos leva a abraçar atos de justiça e abandonar obras que nos afastam de Deus.

Jesus é tudo em todos, é a videira verdadeira é a vida verdadeira, sem culpas, com oferta de perdão e graça. O bem que fizermos a partir daí é a ação desta graça em nós, de graça e pela fé.

Em Jesus, que nos reconciliou com o Pai de uma vez por todas.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Recomeçar (resgate)

Este é mais um ano de recomeço. Preciso e quero recomeçar. Este espaço faz parte de um sonho (e também desejo, se não for uma redundância neste caso). Talvez, para este ambiente, resgate seja a palavra que melhor se adeque, pois é o quero: resgatar as possibilidades que a escrita me oferece (em Deus) de falar de Deus, com Deus, à todos que se achegarem, a todos quantos o Pai me permitir tocar.
Que Deus me ajude, que Ele nos toque.
Em Jesus, que é digno de louvores, glórias e honras.